quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Noori

Eu cheguei primeiro.
 Ele queria um animal de estimação, de preferência um cão, ela não achava boa ideia. Ele sentia que nunca teve nenhum. Sim, em criança havia cães e gatos lá por casa que alimentava mas com quem nunca criou laços. Ela, filha única inconformada, passou a infância rodeada de gatos que tratava como amigos. Sempre se definiu como cat person até que, aos 20 anos, decidiu juntar uma cadela à família. Passou a ser cat and dog person
Começaram as negociações: ela, embora com sérias reservas quanto à ideia de ter um animal de estimação num t1 sem varanda, preferia um gato - mais limpo, mais autónomo, mais fácil de transportar (os fins de semana são passados na terra natal de um e de outro); ele preferia um cão por pensar que criariam laços mais fortes. Ainda longe de um consenso, decidiram fazer uma avaliação no impacto que o novo membro da família (fosse cão ou gato) teria no orçamento mensal. Foi então que os nossos olhares se cruzaram. Foi amor à primeira vista. Era com eles que queria ir para casa. Fiz o meus melhores puppy eyes (tinha apenas 10 semanas, era a coisa mais fofa), combinei-os com um choro insistente e duas patinhas suplicantes. Ele não precisou de a convencer, estava rendida aos meus encantos. A partir de então, passamos a ser uma família de 3. Mas não durou muito...
Noori





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