Eu
cheguei primeiro.
Ele
queria um animal de estimação, de preferência um cão, ela não achava boa ideia.
Ele sentia que nunca teve nenhum. Sim, em criança havia cães e gatos lá por
casa que alimentava mas com quem nunca criou laços. Ela, filha única
inconformada, passou a infância rodeada de gatos que tratava como amigos.
Sempre se definiu como cat person até que, aos 20 anos, decidiu
juntar uma cadela à família. Passou a ser cat and dog person.
Começaram
as negociações: ela, embora com sérias reservas quanto à ideia de ter um animal
de estimação num t1 sem varanda, preferia um gato - mais limpo, mais autónomo,
mais fácil de transportar (os fins de semana são passados na terra natal de um
e de outro); ele preferia um cão por pensar que criariam laços mais fortes.
Ainda longe de um consenso, decidiram fazer uma avaliação no impacto que o novo
membro da família (fosse cão ou gato) teria no orçamento mensal. Foi então que
os nossos olhares se cruzaram. Foi amor à primeira vista. Era com eles que
queria ir para casa. Fiz o meus melhores puppy eyes (tinha apenas 10
semanas, era a coisa mais fofa), combinei-os com um choro insistente e duas
patinhas suplicantes. Ele não precisou de a convencer, estava rendida aos meus
encantos. A partir de então, passamos a ser uma família de 3. Mas não durou
muito...
Noori
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